14/02/2020 às 21h41min - Atualizada em 14/02/2020 às 21h41min

Filhos de Bolsonaro criaram grupo de WhatsApp para atacar jornalista Patrícia Campos Mello

Jornalista David Nemer, do The Intercept Brasil, relata a “máquina de ódio” que funcionou a pleno vapor contra a jornalista do jornal Folha de S. Paulo nesta semana e revela que “alguns desses grupos, que trabalharam incansavelmente na distribuição de memes e ataques, têm dois donos bem conhecidos: Flávio e Eduardo Bolsonaro. Sim, senador e o deputado federal filhos do presidente da república”.

Eu acompanho grupos bolsonaristas no WhatsApp desde 2018. Já contei que, após a eleição, eles se tornaram mais radicais. Nesta semana, vi essa máquina de ódio funcionando a pleno vapor contra a jornalista Patrícia Campos Mello, atacada após o depoimento do empresário Hans River na CPMI das Fake News. Alguns desses grupos, que trabalharam incansavelmente na distribuição de memes e ataques, têm dois donos bem conhecidos: Flávio e Eduardo Bolsonaro. Sim, senador e o deputado federal filhos do presidente da república.

Os números dos celulares ligados aos dois administram pelo menos 20 dos grupos que eu monitoro. Juntos, eles permitem a distribuição de conteúdo de extrema direita para pelo menos 5 mil pessoas - são 250 em cada grupo. Nesta semana, circularam por lá memes misóginos e montagens que insinuam que a jornalista estaria se prostituindo para conseguir informações - desdobramentos da narrativa plantada na CPMI.


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