24/01/2023 às 02h00min - Atualizada em 24/01/2023 às 02h00min

Em São Paulo – SP, exposição sobre línguas indígenas ganha versão virtual

Mostra está em cartaz no Museu da Língua Portuguesa.

Redação
Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo – SP, passa a disponibilizar a partir desta segunda-feira (23) uma versão virtual da mostra temporária Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, exposição que está atualmente em cartaz no museu e que aborda as línguas e culturas indígenas do Brasil. Segundo a instituição, essa será a oportunidade de mais pessoas poderem conferir a exposição, que é dedicada às mais de 175 línguas indígenas que ainda são faladas no Brasil.
 
A versão virtual e gratuita da exposição está disponível no site https://nheepora.mlp.org.br/. Por meio desse site, as pessoas vão poder percorrer as salas expositivas, conhecer mais detalhes sobre as obras, assistir aos vídeos e objetos interativos que fazem parte da mostra e até ouvir os sons ambientes como o de pássaros da floresta. Um dos vídeos que poderá ser visto virtualmente é Resistência Indígena, de Daiara Tukano e do Coletivo Bijari, que mostra como o processo de colonização e os conflitos de terra fizeram com que o número de línguas indígenas passasse de cerca de mil no ano de 1500 para apenas 175 nos dias de hoje.
 
O visitante virtual também poderá se arriscar a falar algumas palavras em línguas como o xavante, o tuyuka e o terena. Ele poderá até participar de um karaokê cantando uma música indígena.
 
Além disso, será possível baixar uma série de materiais, como um e-book com textos presentes na mostra e os mapas criados exclusivamente para a exposição. Também estará disponível um caderno educativo para professores e estudantes.
 
Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação tem curadoria da artista, ativista, educadora e comunicadora indígena Daiara Tukano e propõe uma imersão nas dezenas de famílias linguísticas às quais pertencem as línguas faladas hoje pelos povos indígenas do Brasil. O nome da exposição, segundo a curadora, é um conceito dos povos guarani e significa “boas palavras, bons pensamentos, bons sentimentos, palavras doces que vêm de coração para tocar o coração de cada pessoa”.
 
“Buscamos palavras doces para narrar trajetórias de resistência e luta dos povos indígenas. E, a partir desse sopro, esperamos encontrar uma escuta cuidadosa e disposta a se abrir à transformação”, diz o texto de abertura de uma das salas da mostra virtual.
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