17/01/2023 às 23h01min - Atualizada em 17/01/2023 às 23h01min

Museu do Ipiranga inaugura nova sala com a exposição Memórias da Independência, dia 25 de janeiro

Exposição de curta duração reúne cerca de 130 itens relacionados à memória do processo de ruptura política entre Brasil e Portugal, ressaltando as celebrações de diversos eventos que contribuíram com a emancipação política do país e mostrando como a Independência do Brasil foi comemorada e lembrada ao longo de dois séculos.

Redação
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
No dia 25 de janeiro, o Museu do Ipiranga inaugura a exposição temporária Memórias da Independência, primeira a ocupar sua nova sala expositiva dedicada a exposições de curta duração. A mostra discute o protagonismo do grito do Ipiranga como marco absoluto da Independência e relembra diversos episódios, em vários pontos do território nacional, que contribuíram com a ruptura definitiva do Brasil com Portugal.
 
Com cerca de 900m², a nova sala expositiva é climatizada, permitindo o empréstimo de obras de outros acervos. Memórias da Independência fica em cartaz até o dia 26 de março e a entrada é gratuita e livre, sem a necessidade de ingressos. Serão distribuídas senhas no local aos interessados.


A curadoria é de Paulo César Martins, Maria Aparecida de Menezes Borrego e Jorge Pimentel Cintra, todos pertencentes ao quadro docente do museu, e a curadoria adjunta é de Márcia Eckert Miranda, Carlos Lima Junior e Michelli Cristine Scapol Monteiro. A mostra é dividida em dois eixos temáticos. O principal deles revê os marcos comemorativos da Independência brasileira, desde aqueles produzidos já na década de 1820 até o seu bicentenário. A mostra se vale de esculturas, pinturas, fotografias, estudos arquitetônicos e pictóricos, objetos decorativos, selos, desenhos, cartões-postais, discos, cartazes de filmes e charges para ilustrar o imaginário acerca desta efeméride no Brasil, evidenciando as disputas entre São Paulo – SP, Rio de Janeiro – RJ e Salvador – BA pelo protagonismo destas narrativas.
 
Inicialmente, são apresentados os primeiros esforços de manutenção da memória do Ipiranga como lugar do grito que instaurou a Independência. Esses esforços se manifestavam em imagens produzidas por artistas que representaram a colina do Ipiranga como local do grito. Já o papel do Rio de Janeiro como sede política do Império e da nova monarquia independente foi representado em pinturas, gravuras e através do Monumento a D. Pedro I, primeiro grande monumento escultórico do Brasil.
 

A seguir, observam-se as iniciativas de comemoração desencadeadas a partir de 1872, o cinquentenário, e as comemorações de 1922, quando ocorreu a Exposição Nacional do Centenário da Independência – uma grande feira internacional realizada com o intuito de associar a efeméride ao reconhecimento das maiores potências estrangeiras da época. Também são abordadas as iniciativas do governo paulista em priorizar o Ipiranga e o estado de São Paulo como epicentro do centenário: há um concurso internacional para a construção do novo Monumento à Independência, novas exposições foram planejadas para o Museu do Ipiranga, além da criação de monumentos no caminho percorrido por D. Pedro I, entre Santos e São Paulo.
 
No sesquicentenário de 1972, o regime militar se empenhou por tornar a festa cívica um ato de celebração nacional da própria ditadura. Por fim, em 2022, a reinauguração do Museu do Ipiranga, que estava fechado ao público desde 2013, é o marco do bicentenário.
 
No segundo eixo temático, a exposição aborda as memórias relativas às “outras independências”, movimentos de separação que foram realizados no território do império brasileiro, como a Revolução Pernambucana de 1817, a Confederação do Equador de 1824 (com seu foco também em Pernambuco) e a Revolução Farroupilha, que durou de 1835 a 1845 (em território gaúcho), e suas celebrações ao longo dos séculos 19 e 20.
 

Serviço
Memórias da Independência
De 25/1 a 26/3/2023, na Sala de Exposições Temporárias (Piso Jardim)
 
Museu do Ipiranga
Terça a domingo, das 11h às 17h
Entrada gratuita: Não há necessidade de retirada de ingressos. A exposição é aberta ao público e poderá ser visitada conforme a lotação do espaço, que será controlada mediante a distribuição de senhas.
É obrigatório o uso de máscara nas dependências do Museu.
Rua dos Patriotas, nº 20
 
Como chegar:
Transporte público:
  • De metrô, há duas estações próximas ao Museu, ambas da linha 2, verde:
  • Alto do Ipiranga (30 minutos de caminhada);
  • Santos-Imigrantes (25 minutos a pé).
  • A linha 710 da CPTM tem uma parada no Ipiranga (20 minutos de caminhada).
Principais linhas de ônibus:
  • 4113-10 (Gentil de Moura – Pça. da República);
  • 4706-10 (Jd. Maria Estela – Metrô Vila Mariana);
  • 478P-10 (Sacomã – Pompéia);
  • 476G-10 (Ibirapuera – Jd. Elba);
  • 5705-10 (Terminal Sacomã – Metrô Vergueiro);
  • 314J-10 (Pça Almeida Junior – Pq. Sta. Madalena);
  • 218 (São Bernardo do Campo – São Paulo).
Pessoas com deficiência em transporte individual: na entrada da rua Xavier de Almeida, nº 1, há vagas rotativas (zona azul) em 90°.

Para quem usa bicicleta, foram instalados paraciclos na área do jardim.


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