Em análise publicada no jornal El País, a jornalista Naiara Galarraga Gortázar afirma que “as vagas promessas eleitorais do ultradireitista” no sentido de combater a corrupção “não se concretizaram em avanços em seu primeiro ano” do governo Jair Bolsonaro. “Uma das decisões brasileiras que mais alarmaram o clube dos países ricos foi tomada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal em resposta a um recurso do primogênito do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, investigado por peculato e lavagem de dinheiro”, continua.
“O Brasil tirou novamente a pior nota da série histórica no exame da percepção da corrupção no mundo recentemente publicado pela Transparência Internacional. Seus 35 pontos - os mesmos de 2018 - o colocam na 106° posição em uma lista que tem a Dinamarca no topo”, continua.
A jornalista destaca a avaliação de Brandão, chefe da ONG no Brasil, sobre o governo. “Brandão frisa que os três poderes tomaram decisões que significam retrocessos graves. O pior do Governo, afirma, são as interferências políticas em nomeações e destituições em postos fundamentais na luta contra a corrupção”, diz ela.
“Bolsonaro, por exemplo, rompeu a tradição de nomear o procurador-geral da República entre a trinca eleita pelos integrantes do Ministério Público Federal, trocou o chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro (justamente a cidade em que seu filho é investigado) e o chefe da Coaf, que persegue a lavagem de dinheiro”.