04/02/2020 às 17h23min - Atualizada em 04/02/2020 às 17h23min

Aprendizagem depende de Motivação!

Há uma série de fatores que contribuem para o sucesso escolar e, entre eles, temos o fator motivação. Se o aluno estiver desmotivado, por algum motivo, isso irá refletir diretamente nos estudos.

Muitas vezes a criança apresenta dificuldade para aprender ou o rendimento cai durante o ano. Não atende às expectativas de aprendizagem e a autoestima começa a ficar baixa, o que contribui ainda mais para o sentimento de fracasso, que é um dos grandes vilões do ser humano.

Há uma série de fatores que contribuem para o sucesso escolar e, entre eles, temos o fator motivação. Se o aluno estiver desmotivado, por algum motivo, isso irá refletir diretamente nos estudos.

Veja a seguir cinco dicas que ajudam a descobrir elementos diretamente ligados à motivação. Quando identificados, facilitam demais resolver o problema!

1. Não use a tarefa como castigo: é importante que a criança entenda a tarefa escolar como uma forma de desenvolvimento pessoal. A tarefa é uma forma de compreender melhor um montão de coisas que a cerca e também de desenvolver funções cerebrais importantes. Vincular a tarefa com castigo faz com que a criança comece a encarar a escola com uma visão negativa, trazendo desmotivação ao pensar na vida escolar.

2. Não resolva todos os problemas da criança: certamente, na posição de pais ou professores, às vezes devemos intervir para a resolução de alguns problemas. Não é, contudo, saudável, resolver toda vez que a criança apresenta um problema. A resolução de problemas nos faz desenvolver a responsabilidade e a organização, além de fazer com que nos importemos com a situação. Orientar não é resolver! Caso seja algo muito fora do alcance de resolução da criança, talvez seja necessário mesmo intervir, porém se for algo que ela possa resolver, sua orientação deve fazê-la refletir sobre as possíveis soluções e nunca induzir as soluções.

3. Revise as tarefas, mas sem fazer para a criança: sem dúvida é imprescindível, durante determinada fase escolar, que os pais colaborem na revisão das tarefas. Quando os alunos são menores, estar ao lado durante a resolução da tarefa é desejável, por motivo de suporte, ainda que inconsciente, para a criança. Conforme ela cresce, a presença física deve diminuir, mas a cobrança por lembrar da tarefa não. Incentive a criança a revisar se há lição para o dia e também se ela foi feita. De tempos em tempos peça para olhar o que foi feito tanto na escola quanto em casa. Se houver erros ou partes mal feitas, chame a atenção para o detalhe peça para refazer. A supervisão é essencial.

4. Elogie resultados, mas não premie: elogiar é importante, porque nos dá confiança. Alguns pais e até professores têm o hábito de premiar comportamentos, porém não é algo saudável. Há até mesmo um apelido para este tipo de aluno: “foca”. Assim como a foca faz peripécias somente “por fazer”, porque quer receber sua recompensa em peixes, o aluno começa a fazer lições somente “por fazer”, sem dar a devida importância, para receber seus prêmios. Quando o elogio também é excessivo, perde o sentido. Elogiar os resultados depois de uma série de conquistas dá maior resultado do que elogiar conquista por conquista. Sempre que perceber os avanços da criança ajude-a a perceber onde pode chegar se continuar daquele jeito, mas elogie somente quando notar um resultado digno de fazê-lo.

5. Estudo não é centro de existência: alguns pais ficam tão ansiosos em relação ao estudo dos filhos e querem tanto que desenvolvam habilidades, que os colocam em várias atividades além da escola. Há também os professores que costumam exagerar nas tarefas, quando a turma não apresenta o rendimento desejado, para tentar compensar. Em ambos os casos, o estudo começa a ocupar tanto a vida da criança que se torna sua própria existência e não há nada tão desmotivador quanto isso. O aluno não tem tempo nem para refletir sobre suas preferências ou aprender a ser ele mesmo. Procure perceber se a criança está sobrecarregada, encontre momentos para oferecer lazer tanto em casa quanto na escola. Deixe a criança aproveitar esta fase da vida que requer explorar, descobrir e desenvolver naturalmente a curiosidade.

Especialista em educação, Janaína Spolidorio é formada em Letras, com pós-graduação em consciência fonológica e tecnologias aplicadas à educação e MBA em Marketing Digital. Ela atua no segmento educacional há mais de 20 anos e atualmente desenvolve materiais pedagógicos digitais que complementam o ensino dos professores em sala de aula, proporcionando uma melhor aprendizagem por parte dos alunos e atua como influenciadora digital na formação dos profissionais ligados à área de educação.


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