Manifestações contra a democracia na PUCPR saem do controle

Estudantes apoiadores do presidente derrotado na eleição de domingo (30), Jair Bolsonaro (PL), manifestaram-se na frente do colégio de ensino médio e técnico integrado a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o TECPUC, contestando a eleição democrática e o resultado das urnas que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pedindo por intervenção militar. Os alunos proferiram palavras ofensivas a colegas e representantes que estavam no local.
 
A manifestação, registrada por imagens, mostra alunos em horário de aula em frente ao colégio, e na cantina. Em conversa com pessoas que presenciaram o fato, foi alegado ameaças de morte por parte dos manifestantes aos alunos que não aderiram ao movimento. Falas racistas como “vamos matar aquele preto” e “aqui não é lugar dessa gente” foi presenciado por membros coordenativos que concederam a entrevista. Ademais, houve alegações de porte de arma por parte dos manifestantes.
 
Este não é o primeiro conflito manifestado em colégios de Curitiba – PR, os estudantes do Colégio Marista Santa Maria se reuniram no pátio e gritaram palavras de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, como “mito”, caso que resultou em agressões e confusão. Além da manifestação, há imagens do símbolo nazista desenhado com ketchup por aluno do mesmo colégio e exposto em rede pelo deputado Renato Freitas. Em ligação as manifestações no colégio Marista, o vídeo dos alunos publicado pelo deputado Paulo Martins consta com respostas dizendo que a confusão continuará no TECPUC.
 
A universidade não se pronunciou sobre o caso. O fato foi constatado também pelo instagram @gossippucpr, que é patrimônio da universidade.