27/01/2020 às 18h09min - Atualizada em 27/01/2020 às 18h09min

EUA quer que Europa acabe com proibição ao frango com cloro americano

Grandes protestos contra alimentos produzidos nos EUA já aconteceram em países como Alemanha, Áustria e França em 2015.

O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, pediu nesta segunda-feira (27) à União Europeia que ponha fim à proibição que impede a importação de frangos com cloro e carne bovina com hormônios na Europa, a fim de destravar as negociações comerciais.

Esse pedido soará alarmes em muitos países da Europa, onde o medo de que alimentos produzidos nos padrões americanos entrem na UE já gerou grandes protestos em 2015, principalmente na Alemanha, Áustria e França.

O presidente Donald Trump ameaçou os europeus na semana passada com a imposição de novos impostos sobre os veículos europeus se Bruxelas e Washington não avançarem em suas negociações comerciais, decididas em 2018.

Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciaram na semana passada em Davos sua disposição de relançar essas negociações.

Von der Leyen planeja viajar para Washington para se encontrar com seu colega americano.

Trump “adora seus agricultores”, disse Perdue a repórteres depois de se encontrar com os comissários europeus do Comércio e da Agricultura, Phil Hogan e Janusz Wojciechowski, em Bruxelas.

A relação comercial transatlântica pode melhorar se a UE, que proíbe a importação de carne de frango tratada com dióxido de cloro, estiver mais aberta a esse método de tratamento, considerou.

A Europa poderia contribuir para reequilibrar o déficit comercial americano de produtos agrícolas, que, segundo Perdue, chega a 12 bilhões de dólares.

“A afirmação de que os frangos americanos são limpos com cloro é uma falsa ideia”, disse o secretário da Agricultura americano.

“Você sabe o que é? É vinagre, principalmente”, disse, comentando a atitude da Europa sobre a importação de carne bovina com hormônios como outro ponto a ser analisado para melhorar as relações.

Hogan lembrou na semana passada em Davos as fortes pressões no partido republicano de Donald Trump para que a agricultura fosse incluída nas negociações comerciais.


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