26/01/2020 às 10h29min - Atualizada em 26/01/2020 às 10h29min

Comunidade japonesa no Brasil se revolta com declaração racista e xenófoba de Bolsonaro contra a jornalista Thays Oyama

Ao comentar o livro Tormenta, Jair Bolsonaro se referiu à autora como “aquela japonesa” e também afirmou que ela morreria de fome se tentasse ser jornalista no Japão; Oyama é neta de japoneses e nasceu em Mogi das Cruzes - SP.

A recente agressão racista e xenófoba de Jair Bolsonaro contra uma jornalista brasileira descendente de japoneses repercutiu muito mal na comunidade de nisseis residentes no País. “Nikkeis se manifestam contra fala do presidente”, diz o título de uma página da edição mais recente do jornal Nippak, que chegou às bancas do bairro da Liberdade, em São Paulo - SP, na quinta-feira (23).

Sob a manchete, dois artigos de membros da comunidade com críticas a Jair Bolsonaro (Sem Partido)., segundo aponta reportagem do jornal Folha de S. Paulo, publicada neste domingo (26).

O alvo da agressão de Jair Bolsonaro foi a jornalista Thays Oyama, autora do livro Tormenta, que revela bastidores do governo atual e também a paranoia de Bolsonaro, que se referiu a ela como “aquela japonesa” e também afirmou que ela morreria de fome se tentasse ser jornalista no Japão; Oyama é neta de japoneses e nasceu em Mogi das Cruzes - SP.

Para estudiosos do tema, integrantes da comunidade e advogados consultados pela Folha de S. Paulo, “as expressões de Bolsonaro sobre a autora embutem racismo e xenofobia e se somam a outras vezes em que o presidente recorreu a estereótipos e fez comentários sobre características físicas da etnia”. Segundo eles, a situação poderia ser classificada como injúria racial. A jornalista, no entanto, disse que não irá processar Bolsonaro.


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