15/09/2022 às 12h48min - Atualizada em 15/09/2022 às 12h48min

7 erros que executivos devem evitar na gestão de pessoas

Especialista em tomada de decisão Uranio Bonoldi elenca quais cuidados são necessários para que gestores estimulem desempenho de colaboradores.

Uranio Bonoldi
Ocupar cargos de liderança e gerir equipes pode ser uma tarefa desafiadora. A alta responsabilidade exige dos executivos maior atenção em seus trabalhos, compreendendo que o desenvolvimento de suas atribuições depende diretamente dos estímulos que oferecem às pessoas à sua volta. Pensando nisso, o escritor Uranio Bonoldi, autor do livro “Decisões de alto impacto: como decidir com mais segurança e consciência na carreira e nos negócios” aponta quais são os principais erros que líderes devem evitar na administração de suas equipes.
  1. Não delegar: para Bonoldi, é fundamental que um executivo saiba atribuir tarefas e responsabilidades para pessoas específicas, fazendo isso de forma analítica, considerando quais atividades serão mais bem realizadas por quais colaboradores. “É importante pensar que cada indivíduo tem diferentes aptidões, e ao delegar tarefas isso pode ser um fator determinante na busca por resultados. Sabendo delegar, o executivo pode evitar sobrecarga de trabalho e obter o melhor desempenho de cada um da equipe”, diz.
  2. Não explicar o que fazer: Segundo Bonoldi, um erro comum que executivos cometem é se ater a dizer como algo deve ser feito e não deixar claro o que é para ser feito. “Precisamos sempre deixar bem pontuado qual é a atividade em si, além de indicar qual é o propósito que ela tem, para que o colaborador possa executá-la sabendo de sua importância. Portanto, dê importância ao ‘que’ e não ao ‘como’”, afirma.
  3. Não se comunicar com clareza: As falhas de comunicação podem gerar grandes frustrações, e por isso é importante pensar em meios individuais e coletivos para que haja maior transparência no meio de trabalho. “O executivo deve ser cuidadoso ao expressar suas orientações, opiniões e percepções, criando assim uma relação de confiança com o colaborador. E além disso, promover reuniões de gestão onde os envolvidos possam falar abertamente, e de forma respeitosa, ajudando a tornar a boa comunicação uma cultura da empresa”, pontua Bonoldi. 
  4. Não dar e não pedir feedback: Como saber se o trabalho desempenhado tem sido bem realizado se as pessoas envolvidas não reportam se estão ou não satisfeitas? O feedback, nesse sentido, é fundamental para que tanto gestores quanto colaboradores saibam o que têm feito de bom e o que podem melhorar. “E é uma via de mão dupla. O executivo precisa também estar aberto para receber feedbacks, reconhecer potenciais falhas e estar disposto a se corrigir. Isso é parte do processo de evolução de qualquer trabalhador”. 
  5. Não dar foco às pessoas: Deixar de reconhecer o empenho de cada membro das equipes é um mal caminho. Para Uranio Bonoldi, é importante que as relações sejam humanizadas. Afinal, quem não gosta de ser elogiado? É importante que o líder reconheça o esforço e o valor gerado pelo trabalho em público. Quando há erro ou má performance, é válido que o líder traga essa responsabilidade para si. “Quando fazemos isso, passamos a entender os erros e os acertos como etapas do aprendizado, reduzindo o peso da culpa, da frustração, e da pressão por bons resultados a qualquer custo”. 
  6. Não transmitir de forma clara o propósito, a missão, a visão e exercitar os valores da empresa: Para ter alinhamento pleno das equipes, na opinião do escritor, frequentemente o executivo deve relembrar os princípios da companhia, sua missão, e mostrar que exercita seus valores. “Todos ali devem estar sempre cientes do porquê de estarem fazendo seus trabalhos e a responsabilidade pela execução cuidadosa e diligente. Isso garantirá boas práticas e evitará frustrações”. 
  7. Não decidir: A procrastinação é perigosa para qualquer gestor. Deixar de tomar uma decisão ou delegar para outra pessoa pode colocar em risco o trabalho de toda a equipe. Demorar demais para fazer uma escolha, perder o “timing” e deixar que outra pessoa decida em seu lugar, lhe faz perder a confiança dos colaboradores e isso é muito ruim. “Decisões de alto impacto são fundamentais no mundo corporativo, e apenas o gestor pode fazê-las. Alguns métodos podem ajudar a fazer escolhas. O importante é ter consciência da responsabilidade enquanto líder e orientar seus colaboradores de forma bem posicionada, segundo valores corporativos, e avançar”, conclui o autor.
Uranio Bonoldi é palestrante e especialista em negócios e tomada de decisão, é professor do Executive MBA da Fundação Dom Cabral, onde leciona sobre “Poder e Tomada de Decisão”. Educado pelo método Waldorf, sua graduação e em seguida a pós-graduação em administração de empresas foi feita na FGV-SP. Atuou em grandes empresas como diretor e CEO.
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