O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou na tarde de hoje o julgamento que pode levar à anulação de condenações da Lava Jato.
A sessão começou pelo voto do ministro Marco Aurélio Mello, contrário à anulação, seguido pelo do presidente do STF, Dias Toffoli, que se colocou a favor da tese de que réus incriminados por delatores devem ter a última palavra no processo (como fizeram outros seis ministros na semana passada). Com isso, o placar ficou em 7 votos a 4 a favor de que sentenças judiciais que não seguiram esse rito possam ser derrubadas.
Quem votou contra anular sentenças em que delatado não foi ouvido após o delator - como em alguns casos da Lava Jato:
Quem votou pela anulação dessas sentenças:
As alegações finais são a etapa anterior à sentença, quando os réus apresentam seus argumentos pela última vez.
A decisão do Supremo pode fazer com que processos que não seguiram esse rito tenham a sentença anulada, retornem à fase de alegações finais e sejam submetidos a um novo julgamento.
Os ministros discutem agora se impõem um limite à revisão de condenações para evitar um efeito cascata na Lava Jato e em processos criminais que também tenham utilizado o depoimento de delatores.
Devem ser quatro as possibilidades que serão debatidas: