07/07/2022 às 17h21min - Atualizada em 07/07/2022 às 17h21min

Parlamento Europeu responsabiliza governo Bolsonaro por aumento da violência na Amazônia e pelas mortes de Bruno e Dom

Resolução foi aprovada por 362 votos a favor, 16 contra e 200 abstenções.

Redação
O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (7) uma resolução condenando os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips na região do Vale do Javari, na Amazônia. A resolução foi aprovada por 362 votos a favor, 16 contra e 200 abstenções.
 
Em nota, os eurodeputados cobraram que o caso seja investigado de forma “exaustiva, imparcial e independente” e citaram nominalmente Jair Bolsonaro (PL) pelo aumento da violência, ataques e assédio contra defensores dos direitos humanos e ambientais, povos indígenas, minorias e jornalistas.
 
“Os eurodeputados condenam veementemente o brutal assassinato de defensores do ambiente e dos direitos humanos, bem como de indígenas no Brasil, mais recentemente o assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do ativista brasileiro Bruno Pereira. Eles pedem às autoridades brasileiras que conduzam uma investigação exaustiva, imparcial e independente sobre esses assassinatos e garantam que eles cumpram integralmente o devido processo em todos os momentos”, diz um trecho da nota publicada pelo Parlamento Europeu, segundo o Portal g1.
 
De acordo com a coluna do jornalista Jamil Chade, do Portal UOL, a vice-presidente da Delegação do Parlamento Europeu ao Brasil e negociadora dos Verdes para a resolução, deputada Anna Cavazzini, afirmou que a moção responsabiliza diretamente o governo Jair Bolsonaro pelo aumento da violência e do desmatamento da Amazônia.
 
“É um sinal forte de que o Parlamento Europeu condena claramente os assassinatos cada vez mais frequentes de indígenas e defensores do ambiente no Brasil e identifica claramente a responsabilidade do governo Bolsonaro na crescente violência contra os povos indígenas, bem como as crescentes taxas de desmatamento a ela associadas”, disse  Anna Cavazzini.
 
A resolução aprovada não prevê punições, mas amplia o desgaste das relações entre a União Europeia e o Brasil.
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