A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos enviou nesta quarta-feira (15) o processo de impeachment contra o presidente Donald Trump ao Senado.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, assinou o documento que contém as duas acusações contra Trump - os chamados “artigos de impeachment”, que são:
Após a assinatura de Pelosi, as acusações foram levadas ao Senado. Lá, o líder da maioria, o senador Mitch McConnell, afirmou que a casa está “pronta para receber” os deputados designados como promotores. O recebimento oficial do documento só deve ocorrer nesta quinta-feira (16), em outra cerimônia, informou o republicano.
Em breve discurso antes da assinatura das acusações contra Trump, Pelosi afirmou ser “muito triste e muito trágico” para os Estados Unidos “que as ações tomadas pelo presidente para comprometer a segurança nacional” tenha levado os deputados a entrar com o processo de impeachment.
“Então hoje faremos história quando atravessarmos o corredor [do Congresso]. Cruzaremos um marco na história ao entregar os artigos de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos por abuso de poder e obstrução à Câmara”, concluiu.
Com o recebimento no Senado, inicia-se a fase preparatória do julgamento decisivo, em que os senadores atuarão como um júri e um grupo de sete deputados, como promotores. Esse time de parlamentares da Câmara foi oficializado após votação nesta tarde.
A resolução que autorizou os procedimentos determinados pelos líderes do Partido Democrata passou por 228 votos a 193. A equipe de deputados que atuarão como promotores será liderada pelo presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Adam Schiff - um dos principais opositores de Trump.
Pelosi e essa comissão devem ir até o Senado por volta das 17h (horário local, 19h em Brasília) para entregar as acusações.
Veja abaixo quem compõe a comissão:
Pelosi e os democratas querem que novas testemunha sejam ouvidas na tramitação do processo de impeachment no Senado – especialmente John Bolton, que foi assessor de segurança de Trump.
O Senado, no entanto, é dominado pelo Partido Republicano, o mesmo de Trump, e o líder Mitch McConnell já deu declarações em que afirmou que está alinhado com o governo.
Novos documentos, revelados pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15) favorecem os democratas. São mensagens, cartas e notas de Lev Parnas, um parceiro de Rudolph Giuliani, o advogado pessoal de Trump.