28/06/2022 às 20h36min - Atualizada em 28/06/2022 às 20h36min

Após assembleia, motoristas e cobradores de ônibus decidem fazer greve em São Paulo – SP

Paralisação será total e deve ter duração de 24 horas nesta quarta-feira (29), aponta presidente de sindicato.

Redação
Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo – SP devem cruzar os braços mais uma vez a partir da meia-noite. De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), a nova greve terá início a partir da 0h desta quarta-feira (29).
 
A ação ocorre após decisão unânime obtida em assembleias ao longo da tarde desta terça-feira (27), que reuniu mais de 6 mil trabalhadores na sede do sindicato, no bairro da Liberdade, na capital paulista.
 
A paralisação está prevista, inicialmente, para durar 24 horas, e uma nova assembleia está marcada para as 16h de amanhã, para definir pela continuidade ou não do movimento, caso o setor patronal não se manifeste.
 
Segundo a categoria, apesar da garantia do reajuste de 12,75% tanto sobre os salários quanto ao ticket-refeição, não houve avanços nas reivindicações das outras demandas, como o fim do horário de almoço não remunerado, Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o pagamento de 100% das horas extras, além da adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção.
 
“Já se passaram dois meses das nossas negociações e os patrões mostraram-se intransigentes, pedindo prazos, paciência e protelando decisões. A categoria está estafada dessa enrolação”, diz Valmir Santana da Paz (Sorriso), presidente em exercício do Sindmotoristas.
 
Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, lamentou a decretação da greve e informou que caso a greve seja de fato realizada, o rodízio municipal de veículos estará suspenso. “Carros com placas finais 5 e 6 poderão circular pelo centro expandido a qualquer horário”, diz comunicado.
 
“As faixas exclusivas e corredores de ônibus ficarão liberados para circulação de carros de passeio enquanto durar a greve. A Engenharia de Tráfego da CET manterá o monitoramento constante em ruas e avenidas da cidade, visando manter as condições de fluidez das vias”.
 
No entanto, o rodízio de placas para veículos pesados, como caminhões e demais restrições como Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF) continuam normalmente, bem como a Zona Azul.
 
No dia 14 de junho, a categoria paralisou o transporte na cidade. Após o movimento, o sindicato conseguiu, em negociação com o setor patronal, o reajuste do salário e do ticket refeição em 12,47% retroativo referente ao mês de maio, data base da categoria.
 
A greve foi encerrada na mesma data após um acordo entre a categoria e o sindicato patronal no começo da tarde.
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