27/06/2022 às 17h19min - Atualizada em 27/06/2022 às 17h19min

Para FUP, aprovação de Caio de Andrade na presidência da Petrobrás é ilegal

Petroleiros vão à Justiça para anular decisão do Conselho de Administração (CA) da empresa.

Redação
“A aprovação de Caio Paes de Andrade para a presidência da Petrobrás é mais um puxadinho eleitoreiro de Bolsonaro. A decisão do Conselho de Administração da empresa é ilegal, pois o currículo e a experiência profissional do indicado são reconhecidamente insuficientes para gerir a maior empresa do Brasil, o que fere a Lei das Estatais”.
 
O comentário é do coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, sobre o resultado da reunião do Conselho de Administração (CA) da companhia, realizada na manhã desta segunda-feira, 27. FUP e Anapetro vão entrar com ações judiciais contra a decisão do CA e evitar maiores instabilidades à empresa. Estas ações vão também questionar a não convocação de Assembleia Geral Extraordinária da Petrobrás para tratar do assunto.
 
Em outra frente, as duas entidades protocolaram hoje cedo denúncia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a ilegalidade da aprovação do nome do indicado de Bolsonaro. A expectativa é que a nomeação não ocorra e que a aprovação seja anulada.
 
“Um ato administrativo que aprove um ato ilegal não o torna legal. A CVM tem que averiguar isso”, afirma o advogado Ângelo Remédio, da Advocacia Garcez, que representa os petroleiros no caso.
 
Durante a manhã, a categoria fez ato na porta do Edifício Senado, atual prédio da empresa no centro do Rio, contra a indicação de Andrade, contra a privatização da empresa e a política de preço de paridade de importação (PPI), que reajusta preços dos combustíveis com base na cotação internacional do petróleo, variação cambial e custo de importação, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo.
 
No governo Bolsonaro, entre janeiro de 2019 e junho de 2022, o diesel nas refinarias subiu 203%, a gasolina, 169,1% e o GLP 119,1%, segundo dados elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção FUP), com base em levantamentos da Petrobrás. Enquanto isso, o salário-mínimo aumentou 21,4% no período. Já a inflação, medida pelo IPCA/IBGE, acumulou 25,7% nos mesmos meses.
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