Uma auditoria da KPMG junto a seguradora Líder, responsável pela gestão do DPVAT, apontou conversas que mostram a aproximação de gestores e ex-gestores com políticos ou pessoas ligadas a eles. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o relatório destaca as relações da Líder com integrantes da direção nacional do PSL, partido que até recentemente tinha Jair Bolsonaro entre seus membros, entre os anos de 2008 e 2017.
A KPMG destacou as ligações da Companhia Excelsior de Seguros, que integra a Líder e tem como sócio o presidente do PSL, Luciano Bivar, e o escritório Rueda & Rueda Advogados, que tem como sócio Antônio Rueda, que é vice-presidente da legenda, além da SaudeSeg Sistema de Seguros, que tem outros cinco acionistas que atuam junto ao diretório nacional do PSL.
“Fluxogramas financeiros traçados pela KPMG mostram a Líder transferindo, de 2009 a 2016, R$ 94 milhões para empresas do diagrama. Desse total, a SaudeSeg ficou com R$ 72 milhões, valores repassados de 2012 a 2016”, destaca a reportagem.
Políticos que aparecem listados no diagrama montado pela auditoria teriam recebido R$ 330 mil em 2014 e R$ 75 mil em 2016 em doações de pessoas e empresas ligadas à Líder para uso em campanhas políticas.
Entre os nomes listados estão o do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), do deputado federal Daniel Coelho (PSDB) e Marcos Rogério (DEM), que teriam atuado para barrar a continuidade de uma CPI que investigava o DPVAT.