22/06/2022 às 09h45min - Atualizada em 22/06/2022 às 09h45min

PF prende ex-ministro da Educação Milton Ribeiro

Operação faz parte de investigação da atuação informal de pastores na liberação de verbas do Ministério da Educação. Ribeiro deixou comando do MEC após caso ser revelado.

Redação
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (22) uma operação que tem como alvos o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores por montar um gabinete paralelo para liberação de verbas dentro do MEC.
 
Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são alvos de mandados de prisão.
 
Uma fonte da PF em São Paulo disse à TV Tribuna que Milton Ribeiro foi preso em Santos – SP e que ele deve ser levado para Brasília – DF. Segundo o porteiro do prédio em que ele mora, o ex-ministro foi levado por volta das 7h.
 
A PF investiga Ribeiro por favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e a atuação informal deles na liberação de recursos do ministério. Há suspeita de cobrança de propina.
 
O inquérito foi aberto após o jornal O Estado de S. Paulo revelar, em março, a existência de um “gabinete paralelo” dentro do MEC controlado pelos pastores.
 
Dias depois, o jornal Folha de S. Paulo divulgou um áudio de uma reunião em que Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, repassava verbas para municípios indicados pelo pastor Gilmar Silva.
 
“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, disse o ministro no áudio.
 
“Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, complementou Ribeiro.
 
Após a revelação do áudio, Ribeiro deixou o comando do Ministério da Educação.
 
Em depoimento à PF no final de março, Ribeiro confirmou que recebeu o pastor Gilmar a pedido do presidente Jair Bolsonaro. No entanto, ele negou que tenha ocorrido qualquer tipo de favorecimento.
 
De acordo com informações, a operação deflagrada nesta quarta-feira investiga a prática de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação.
 
Foram cumpridos cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.
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