Os fundamentos econômicos do país vão perdendo espaço para um novo ciclo de caos estrutural. Os planos de saúde tiveram forte alta (o triplo da inflação: 36,61, contra 11,41%, desde 2017). Na educação, os cursos regulares tiveram reajuste médio de 20,22% nos três últimos anos, quase o dobro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Reportagem do jornal O Globo destaca que “se a carne foi o vilão da inflação em 2019 - com alta de 18% - educação e saúde têm pressionado o orçamento das brasileiros nos últimos anos. É um padrão que se repete desde 2012, com esses itens subindo acima da média. A única exceção foi 2015, quando o IPCA subiu 10,67% e os reajustes escolares ficaram um pouco abaixo, 9,17%”.
A matéria ainda acrescenta que “nem mesmo a recessão econômica que atingiu o país entre 2014 e 2017 e o elevado desemprego foram capazes de frear esses aumentos, que oneram o orçamento da classe média em famílias de diferentes perfis - para quem tem idosos, planos de saúde pesa mais, nos domicílios com crianças, a educação ganha importância”.