A Amazônia e o Cerrado perderam juntos 16,1 mil quilômetros quadrados (km²) de floresta entre agosto de 2018 e julho de 2019. A área desmatada equivale a 11 cidades de São Paulo, que tem 1,5 mil km² de extensão, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na Amazônia, foram derrubados 9,7 mil km² de floresta, o que representa um aumento de 29,5% na comparação com o mesmo período anterior. No Cerrado, foram devastados 6,4 km² de vegetação, uma queda de 2,26%.
O desmatamento já provocou uma onda de críticas ao governo Jair Bolsonaro, que, inclusive, também vieram do exterior. No ano passado, Alemanha anunciou a suspensão de quase R$ 155 milhões destinados a projetos de preservação ambiental no Brasil e a Noruega anunciou o bloqueio de cerca de R$ 133 milhões, destinados ao Fundo Amazônia.
Revoltado com as estatísticas apontando aumento do desmatamento, Bolsonaro demitiu Ricardo Galvão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo analistas, na Amazônia o desmatamento ocorre sobre terras públicas “sem dono”, que são alvos de grilagem. No Cerrado, a devastação é mais comum em terras legalizadas, impulsionada pelo agronegócio.