04/05/2022 às 11h40min - Atualizada em 04/05/2022 às 11h40min

69% dos brasileiros acreditam que suas senhas estão seguras

Especialistas da Kaspersky alertam sobre a falsa sensação de segurança que faz os internautas baixarem a guarda e colocarem seus dados em risco.

Redação
Uma investigação da Kaspersky mostra como, mais de dois anos após a chegada da Covid-19, a confiança dos internautas em relação ao uso e segurança de suas senhas aumentou. No Brasil, quase três em quatro internautas confiam que suas senhas não foram expostas na Internet, enquanto cerca de dois em dez (18%) admitem que pelo menos uma de suas contas online já foi hackeada.  

A pandemia provocou uma necessidade urgente de conexão, obrigando não só clientes regulares a aumentar o número de operações online, mas também aqueles que resistiram ou alegaram desconhecimento dessa nova realidade. No entanto, a maioria das pessoas carece de bons hábitos digitais, principalmente no que diz respeito à segurança digital.
 
“Usar a mesma senha em todas as contas pode ser muito conveniente, mas é uma prática que pode ter sérias consequências, pois basta um serviço ser comprometido para que a pessoa perca o controle de toda sua vida digital. O mesmo ocorre quando salvamos as senhas no navegador, escrevemos elas na agenda ou as compartilhamos com familiares com o objetivo de recuperá-las caso sejam esquecidas. Outro risco comum é usar data de nascimento, endereço ou o nome de nossos filhos para cria senhas, pois essas informações estão públicas em cadastros e até mesmo nas nossas redes sociais”, comenta Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.

De acordo com o estudo “A infodemia e seu impacto na vida digital” da Kaspersky, em associação com a CORPA, os internautas brasileiros confiam de maneira excessiva no uso de suas senhas. Dos entrevistados no Brasil, 69% confiam que suas senhas não foram potencialmente expostas na web -- na comparação com os latinos, o Brasil lidera esse ranking, seguidos pelos mexicanos (61%) e peruanos (60%) como os mais confiantes. Os argentinos (58%), colombianos (56%) e chilenos (54%) completam a lista.  
 

Esses dados revelam uma falsa sensação de segurança ao considerar os graves vazamentos de dados que afetaram empresas no Brasil e no mundo. Um exemplo claro é o que aconteceu com o Facebook em abril de 2021, quando vazaram dados de mais de 50 milhões de usuários da região, incluindo números de identificação pessoal (ID) e números de telefone associados a contas e senhas. “Senhas são a chave para nossa vida digital, elas impedem que estranhos entrem e nos permite acesso diferentes lugares, como banco, lojas, serviços públicos. No fim do dia, elas protegem nossa reputação online”, completa Assolini. “Todos nós temos informações relevantes que devemos cuidar e é muito fácil que sejam violadas se não tomarmos todas as precauções. Devemos lembrar que os cibercriminosos estão permanentemente atentos, revisando nossas fraquezas e vendo o que fizemos de errado para transgredir nossa privacidade digital”.

Para proteger a segurança e evitar erros relacionados ao uso de senhas, os especialistas da Kaspersky recomendam:
  • Use pelo menos 16 caracteres e inclua letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos.
  • Crie senhas únicas para cada conta. O risco de vazamento de dados existe sempre e a segurança de todas as contas fica comprometida caso a senha seja repetida.
  • Troque-os constantemente, a cada 3 meses é o recomendado.
  • Crie senhas que tenham uma lógica ou um significado (as iniciais da sua música preferida) que permita lembrá-las. Use ferramentas como o Kaspersky Password Checker, que permite verificar se uma senha é forte, e o Kaspersky Password Manager, que ajuda a criar códigos fortes, gerenciá-las e mantê-las seguras para uso quando necessário. Para mais informações sobre o uso adequado de senhas, visite nosso blog


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