11/04/2022 às 12h39min - Atualizada em 11/04/2022 às 12h39min

Macron e Le Pen vão duelar no 2° turno da eleição presidencial na França

Neste domingo (10), os dois despontaram na apuração como os mais votados entre 12 candidatos e, assim, voltarão a se enfrentar em 24 de abril.

Redação
Assim como há cinco anos, o segundo turno da eleição presidencial da França será disputado entre Emmanuel Macron, 44, e Marine Le Pen, 53. Neste domingo (10), os dois despontaram na apuração como os mais votados entre 12 candidatos e, assim, voltarão a se enfrentar em 24 de abril.
 
Com 96% dos votos contados, o presidente centrista tinha 27,4%, ante 24% da candidata da ultradireita. Em terceiro lugar, vinha o ultraesquerdista Jean-Luc Mélenchon, com 21,6%
 
No primeiro turno de 2017, Macron obteve 8,6 milhões de votos, com 24% dos válidos, enquanto Le Pen somou 7,7 milhões, com 21%. Pesquisa divulgada neste domingo, da Ipsos, aponta vitória de Macron por 54% a 46% no segundo turno. Em 2017, ele derrotou Le Pen por 66% a 34%. A última vez que um presidente francês conseguiu a reeleição foi há 20 anos, com o conservador Jacques Chirac.
 
Cerca de 49 milhões de eleitores estavam habilitados a ir às urnas, mas a abstenção, estimada em 26%, é mais alta do que há cinco anos, quando atingiu 22,2% —na França, o voto não é obrigatório. A abstenção neste domingo só não é maior que a de 2002, quando a taxa foi de 28,4%.
 
Os principais candidatos votaram pouco antes da hora do almoço. Por volta das 11h, Mélenchon foi à urna na cidade de Marseille. Pouco depois foi a vez de Le Pen comparecer à sua seção, em Hénin-Beaumont, no norte do país. Acompanhado da mulher, Macron votou pouco antes das 13h em Le Touquet, também ao norte da França. Os três se dirigiram depois para Paris, onde vão acompanhar a apuração.
 
Logo após a divulgação dos primeiros números, as candidatas Valérie Pécresse e Anne Hidalgo anunciaram apoio a Macron. Elas representam os partidos mais tradicionais do país, que, nesta eleição, obtiveram números ínfimos a republicana Pécresse tinha 4,7%; a socialista, prefeita de Paris, 1,7%. O verde Yannick Jadot (4,4%) e o comunista Fabien Roussel (2,3%) também se posicionaram a favor do presidente.
 
O resultado do primeiro turno reflete em parte as pesquisas divulgadas na véspera da votação, que davam 26,5% para Macron, 3,5 pontos à frente de Le Pen. A diferença entre os dois, que chegou a ser de 16 pontos no começo de março, foi diminuindo de forma constante na reta final da campanha. No final, os pouco mais de 27% do incumbente surpreenderam quem esperava uma disputa muito parelha.
 
A partir desta segunda-feira (11), os dois adversários vão intensificar a busca de votos entre eleitores da esquerda, especialmente os que escolheram Mélenchon nesta primeira votação.
 
Segundo pesquisa Ipsos divulgada na véspera do primeiro turno, entre os que declaravam voto em Mélenchon, 37% disseram que vão se abster num segundo turno entre Macron e Le Pen; outros 36% indicaram preferir o atual presidente; e 27% escolheriam a ultradireitista.
 
De forma geral, a campanha presidencial foi atípica, considerada sem precedentes no histórico recente francês. A pandemia de coronavírus, que já dura mais de dois anos, impediu que temas eleitorais tivessem espaço no debate público, que acabaram ofuscados também pelo conflito no Leste Europeu. Essa é uma das explicações para o desinteresse dos eleitores.
 
Esta é a terceira vez que Le Pen disputa a Presidência. Além de 2017, quando foi derrotada por Macron, em 2012 ela ficou em terceiro lugar, com 18%. Já Macron concorre pela segunda vez.
 
Resultados do 1° turno da eleição francesa, com 96% das urnas apuradas:
  • Macron 27,4%
  • Le Pen 24%
  • Mélenchon 21,6%
  • Zemmour 6,9%
  • Pécresse 4,7%
  • Jadot 4,4%
  • Lassale 3,2%
  • Roussel 2,3%
  • Dupont-Aignan 2,1%
  • Hidalgo 1,7%
Fonte: Instituto Ipsos
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