09/04/2022 às 10h26min - Atualizada em 09/04/2022 às 10h26min

Assessor do prefeito de São Paulo – SP, Ricardo Nunes (MDB) é denunciado sob acusação de acobertar homicídio

Segundo a denúncia, o coronel Valmor Saraiva Racorti não fez o trabalho investigativo “por interesse pessoal de amizade e companheirismo”.

Redação
O Ministério Público (MP) denunciou à Justiça o tenente-coronel Valmor Saraiva Racorti, da assessoria policial militar do prefeito de São Paulo – SP, Ricardo Nunes (MDB). Ele é acusado de acobertar um homicídio dentro do quartel do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
 
O crime aconteceu em 1° de setembro de 2020, por volta das 18h30, na região do Tremembé, na Zona Norte da capital paulista. O tenente, Marcos Pegoretti atingiu o outro policial militar, o tenente Samuel Rosa com um disparo de arma de fogo. Ambos oficiais da polícia militar participavam de um treinamento.
 
Como ao final de cada operação, os policiais precisaram verificar se as armas estavam carregadas e se recolheram as munições, armas e bombas. Naquele dia, o tenente Marcos Vinicius diz que entrou na sala, com pouca iluminação com uma metralhadora destravada, escorregou com as pernas abertas e a arma disparou, atingindo o ombro de Samuel. A corregedoria da PM concluiu que o tiro que matou o tenente foi acidental.
 
Segundo a denúncia apresentada pelo promotor Rafael Pinheiro, o coronel Valmor Saraiva Racorti, que na data do crime atuava como autoridade saneadora, não fez o trabalho investigativo “por interesse pessoal de amizade e companheirismo”. Os outros cinco policiais denunciados ainda estão na ativa.
 
Nesta semana, o juiz Ronaldo João Roth, do Tribunal de Justiça Militar recebeu a denúncia contra os seis oficiais do Gate. O magistrado deve decidir se aceita ou não a denúncia contra os oficiais na semana que vem.
 
Na denúncia, o promotor denunciou Marcos Pegoretti por homicídio com dolo eventual. Segundo ele, o tenente “agiu sabendo dos riscos e da ilicitude que praticava” e “assumiu o risco de matar”.
 
Para o MP, a investigação comprovou que dois tenentes e três capitães do Gate agiram para acobertar o caso. São eles: capitão Pedro Alexandre de Farias Gobbi, tenente José Luiz Gonçalves, capitão Bruno Penachio, tenente José Luiz Gonçalves e capitão André Júlio da Costa.
 
O órgão acusa o oficiais de cometerem crime de prevaricação, quando um funcionário público deixa de cumprir com o dever do cargo por interesse pessoal.
 
O MP afirma ainda que os tenentes e capitães deixaram de tomar atitudes já na cena do crime. Além disso, o promotor afirmou que os oficiais deveriam ter garantido ou cobrado a preservação do local do crime.
 
Também há queixa de que os oficiais deveriam ter dado voz de prisão ao tenente Pegoretti.
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