24/03/2022 às 22h50min - Atualizada em 24/03/2022 às 22h50min
Cármen Lúcia autoriza abertura de inquérito para investigar ministro Milton Ribeiro
Ministra do STF atendeu a pedido da PGR. Investigação pretende apurar suspeitas de que o ministro da Educação estaria favorecendo pedidos de pastores na liberação de verbas públicas.
Redação
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (24) a abertura de um inquérito para apurar suspeitas de que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, estaria favorecendo pedidos de pastores na liberação de recursos do ministério para prefeituras de aliados. A ministra atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O pedido da PGR foi feito nesta quarta-feira (23) e teve como base a suspeita de que o ministro teria favorecido pedidos de pastores na concessão de verbas públicas. Segundo a procuradoria, o inquérito vai apurar “se pessoas sem vínculo com o Ministério da Educação atuavam para a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado à pasta”.
Em sua decisão, Cármen Lúcia disse que a PGR não pode ignorar o que foi narrado nas representações que questionam a conduta do ministro da Educação e que “há de se investigar e esclarecer, de forma definitiva”.
A ministra autorizou a tomada de depoimentos de: - Milton Ribeiro;
- Gilmar Santos;
- Arilton Moura;
- Nilson Caffer;
- Adelícia Moura;
- Laerte Dourado;
- Doutor Sato e Calvet Filho.
Cármen Lúcia ainda estabeleceu que o Ministério da Educação e à Controladoria-Geral da União (CGU) prestem explicações, em 15 dias, sobre cronograma de liberação das verbas do Fundo Nacional.
Bolsonaro Em outra frente, a ministra Cármen Lúcia, também encaminhou à Procuradoria-Geral da República um pedido de investigação contra Jair Bolsonaro (PL) dentro do mesmo caso que envolve o ministro da Educação.
A ministra determinou que a PGR se manifeste em 15 dias sobre as acusações contra Bolsonaro feita em três pedidos de apuração de parlamentares de oposição.
O pedido de inquérito da PGR não tem como alvo Bolsonaro. A ministra destacou que, diante da gravidade dos fatos, é imprescindível a investigação de todos os envolvidos, não só o ministro.