27/12/2019 às 12h18min - Atualizada em 27/12/2019 às 12h18min

BBC aponta seis frentes de investigação contra o clã Bolsonaro

Do envolvimento com acusado do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 2018, à possibilidade de um “novo AI-5” levantada em 2019, passando pelo uso massivo de fake news na eleição de 2018 e a chamada “rachadinha”, a família Bolsonaro é alvo de seis frentes de investigação.

Reportagem da BBC mostra seis frentes de investigação que têm como alvo um ou mais membros do Clã Bolsonaro. “Há acusações de prática de rachadinha - quando funcionários do gabinete devolvem parte dos salários para políticos -, de disseminação de notícias falsas, de uso de funcionários fantasmas, de quebra de decoro parlamentar e de ligação com suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes”, conta a reportagem.

Veja abaixo:

1. Caso Queiroz

Ex-assessor de Flávio e amigo de Jair Bolsonaro desde a década de 1980, Fabrício Queiroz passou a ser investigado em 2018 depois que o Coaf (atual Unidade de Inteligência Financeira) identificou diversas transações suspeitas suas. Somente entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão, valor incompatível com seu patrimônio e ocupação.

2. CPMI das Fake News

Depoimentos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que está em andamento, apontam a participação de Carlos e Eduardo Bolsonaro e de assessores próximos à família Bolsonaro em campanhas na internet para atacar adversários com uso frequente de notícias falsas. A ex-aliada e ex-líder do governo Joice Hasselmann (PSL) apresentou dossiê em que aponta sofisticado esquema de “milícias digitais” em torno de Bolsonaro que pratica ataques orquestrados a críticos de sua gestão.

3. Suspeita de uso de assessores - fantasmas por Carlos Bolsonaro

O Ministério Público (MP) investiga, sob sigilo, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC) após reportagens apontarem que assessores nomeados em seu gabinete nunca exerceram de fato essas funções. Suspeita-se, a exemplo do irmão Flávio Bolsonaro, que haja um esquema de rachadinha, com os funcionários devolvendo o salário, parcial ou integralmente.

4. WhatsApp na eleição de 2018

Após denúncia do jornal Folha de S.Paulo, ainda em 2018, de que empresas compraram, sem declarar à Justiça Eleitoral, pacotes de disparos em massa de mensagens no WhatsApp, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a investigar a campanha presidencial de Jair Bolsonaro (Sem Partido).

5. Novo AI-5

Em entrevista à jornalista Leda Nagle, quando perguntado sobre os recentes protestos no Chile, o deputado federal Eduardo Bolsonaro levantou a possibilidade de um “novo AI-5”, passando a ser alvo de processos na Câmara e no STF. “Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5”, disse.

6. Assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes

Depois que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde Jair Bolsonaro reside, afirmou à polícia que Élcio Queiroz, um dos acusados do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, se dirigiu à casa de Bolsonaro horas antes do homicídio, o clã se viu envolvido na investigação.


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