O juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, autorizou a quebra de sigilo telefônico de 29 pessoas no caso da “rachadinha” que envolve o senador Flavio Bolsonaro e o clã familiar.
Apesar de não terem sido quebrados os sigilos de Jair Bolsonaro (Sem Partido) e do filho, a situação é desesperadora para o clã.
Foram alvo da quebra de sigilo telefônico Fabrício Queiroz, que já tem ameaçado nos bastidores revelar todo o esquema do clã, os ex-assessores que fizeram depósitos a ele, parentes de Ana Cristina Valle (ex-mulher de Bolsonaro), e o ex-capitão da PM Adriano da Nóbrega, miliciano chefe do Escritório do Crime, cuja mulher e mãe trabalharam no gabinete de Flávio e que tem íntimas relações com o clã - ele é acusado de envolvimento direto no assassinato de Marielle Franco.
Também foram quebrados os sigilos telefônicos do PM Diego Ambrósio, o sócio de Flávio na loja de chocolates, Alexandre Santini, e o norte-americano Glenn Dillard, que vendeu dois imóveis para Flávio em Copacabana. Os três são suspeitos de auxiliar o filho de Bolsonaro na lavagem de dinheiro.
Itabaiana também autorizou, a pedido do Ministério Público, que os agentes extraíssem trocas de mensagem SMS, WhatsApp e outros aplicativos do tipo dos celulares apreendidos durante as buscas no dia da operação. A Promotoria não divulgou quantos aparelhos foram recolhidos.