06/03/2022 às 19h10min - Atualizada em 06/03/2022 às 19h10min

15 deputados de São Paulo enviam representação contra Arthur do Val para o Conselho de Ética da Alesp

Áudios sexistas sobre mulheres ucranianas são alvo de críticas dos deputados, que pedem a perda do mandato.

Redação
15 deputados estaduais assinaram uma representação contra o parlamentar Arthur do Val (Podemos) protocolada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) neste domingo (6). O documento pede que a pena aplicada seja a perda do mandato parlamentar.
 
Enviada ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, a representação requer que o deputado conhecido como “Mamãe Falei” seja investigado por cometimento de ato de quebra de decoro parlamentar e responda a um processo disciplinar.
 
“Na condição de Deputados e Deputadas Estaduais, queremos registrar perante este Conselho de Ética e Decoro Parlamentar nosso repúdio ao teor sexista, misógino, indigno e violento dos áudios”, disseram os parlamentares no pedido.
 
Arthur do Val confirmou a autoria de áudios em que fala que mulheres ucranianas são “fáceis, porque são pobres”. Após o vazamento das mensagens, o deputado pediu desculpas, disse que o que falou foi um erro e abandonou a pré-candidatura ao governo do estado de São Paulo neste sábado (5).
 
A representação contra Arthur do Val na Alesp foi assinada por Carlos Gianazzi (PSOL); Dr. Jorge do Carmo (PT); Emídio de Souza (PT); Gil Diniz (PL); José Américo (PT); Leci Brandão (PCdoB); Luiz Fernando T. Ferreira (PT); Márcia Lia (PT); Maurici (PT); Mônica da Mandata Ativista (PSOL); Patrícia Bezerra (PSDB); Paulo Fiorilo (PT); Professora Bebel (PT); Ricardo Madalena (PL) e Teonílio Barba (PT).
 
Os autores do pedido, 15 parlamentares, representam 15% dos 94 deputados da Alesp. Entre os que assinam a carta há políticos de 5 dos 26 partidos com bancada na assembleia.


Na representação, os deputados dizem que a fala de Arthur do Val, “além de inoportuna e incompatível com o decoro parlamentar, foi ultrajante não só para as mulheres ucranianas, que tiveram suas vidas destruídas por um conflito que não deram causa, mas acabou por ferir todas as mulheres do mundo, pois dignidade e respeito são conceitos universais”.
 
Eles argumentam que os áudios podem caracterizar atos de quebra de decoro parlamentar por afronta aos princípios constitucionais e regimentais.
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