03/03/2022 às 21h40min - Atualizada em 03/03/2022 às 21h40min

Mitos e verdades sobre a vacina HPV, que protege homens e mulheres contra vários tipos de cânceres

Celebramos, em março, o Dia internacional de conscientização sobre o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano). Aproveitamos a data para destacar um tema muito importante: o HPV é fator de risco para os cânceres de colo de útero, anal, vagina, orofaringe, vulva e pênis e existe uma vacina de comprovada eficiência científica contra esse vírus.

Redação
Celebramos o Dia internacional de conscientização sobre o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano, em 4 de março. Aproveitamos a data para destacar um tema muito importante: o HPV é fator de risco para os cânceres de colo de útero, anal, vagina, orofaringe, vulva e pênis e existe uma vacina de comprovada eficiência científica contra esse vírus.
 
“Apesar de estar disponível  uma vacina contra o HPV no sistema público de saúde, para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, muitas famílias ainda deixam de imunizar os filhos, influenciadas por preconceitos e desinformação”, afirma a oncologista clínica Andréa Paiva  Gadêlha Guimarães,  do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR).
 
Para contribuir com a conscientização sobre a importância da imunização contra o vírus HPV, levantamos com a especialista alguns mitos e verdades sobre o tema. Confira a seguir:
  • A vacina contra o HPV previne vários tipos de câncer?
Verdade. O HPV é o principal fator de risco do câncer de colo de útero.  O vírus está associado a 99,8% dos casos dessa doença oncológica e a vacina é eficaz contra esse vírus. E não é só isso, o vírus HPV é responsável também por 80-90% dos casos de câncer anal; 60% dos casos de câncer de vagina; a 25-35% dos casos de câncer de orofaringe;  40% dos casos de câncer de vulva;  40-50% dos casos de câncer de pênis.
  • Meninos não precisam tomar a vacina contra HPV, somente as meninas?
Mito. Homens também contraem o HPV e devem tomar a vacina para prevenir a infecção e não serem canais de transmissão para as mulheres. Vale ressaltar que o HPV, embora seja mais divulgado como fator de risco de câncer de colo de útero, também aumenta as chances de desenvolve câncer de pênis, ânus e cavidade oral.
  • A vacina contra o HPV pode causar paralisias, doenças neurológicas, infertilidade, menopausa precoce?
Mito. A vacina contra HPV é eficaz e segura.
  • A vacina deve ser aplicada antes do início da vida sexual?
Verdade. A vacina deve ser aplicada antes do risco de contrair o vírus, já que é  vírus transmitido por via sexual. Por essa razão, é importante seguir a recomendação médica: vacinar meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Nessas faixas etárias, a eficiência é maior e são recomendadas  apenas duas doses. A partir dos 15 anos, devem ser realizadas  três doses.
  • Mesmo tomando a vacina, a mulher deve manter a rotina do exame preventivo de Papanicolau para rastreamento do câncer do colo do útero?
Verdade. Sim,  mulheres vacinadas contra o HPV, precisam realizar o exame preventivo de Papanicolau para identificar e tratar precocemente lesões precursoras que podem levar ao desenvolvimento do câncer.
  • Somente o Brasil utiliza a vacina contra HPV nos programas públicos de vacinação?
Mito. A vacina contra o HPV é adotada por vários países e faz parte da estratégia da Organização Mundial da Saúde para erradicação do câncer de colo de útero do mundo até 2030. 
  • Ao vacinar meus filhos contra o HPV, vou estimular precocemente sua vida sexual?
Mito. A vacina é um fator de proteção contra o HPV, portanto contra vários tipos de cânceres relacionados a esse vírus. Há diversos estudos científicos no mundo que comprovam não haver relação entre a vacinação contra HPV e o inicio precoce da vida sexual ou qualquer comportamento de risco.
  • Se a pessoa usar preservativo durante as relações sexuais, não precisa se preocupar com o HPV?
Mito. Usar preservativo durante a relação sexual é importante, mas essa medida não previne a infecção pelo HPV, pois o vírus pode estar presente em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal).
  • No sistema público, a vacina também está disponível para adultos, em situações especiais?
Verdade. Além das crianças e adolescentes,  a vacina é recomendada e disponível no sistema público para homens até 26 anos e mulheres até 45 anos portadores do vírus HIV, transplantados de órgãos sólidos, medula óssea ou em tratamento oncológico. Nesse caso, são recomendadas três doses, sendo que a segunda dose é feita após 2 meses da primeira e a terceira dose após 6 meses da primeira dose.
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