15/02/2022 às 13h39min - Atualizada em 15/02/2022 às 13h39min

Conheça os tratamentos para a estenose do canal vertebral

Na maioria das vezes, o problema na coluna é provocado pelo desgaste ósseo e causa dores, cãibras e dificuldades para ficar em pé ou andar.

Redação
Foto: Karolina Grabowska/Pexels
A estenose do canal vertebral é uma condição que provoca o estreitamento da região por onde passam os nervos da coluna. Na maioria das vezes, o problema é provocado pelo desgaste ósseo. Os sintomas principais são dores, cãibras e dificuldades para ficar em pé ou caminhar.
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada dez pessoas terão dor nas costas ao longo da vida. Essas dores, na maioria das vezes, não têm uma causa específica, mas podem ser provocadas por estenoses, hérnias de disco, tendinites, entre outras doenças.
 
A estenose do canal vertebral é uma condição que pode afetar a coluna cervical, torácica ou lombar. A coluna lombar é a região que costuma ser mais afetada, seguida pela coluna cervical.
 
Conforme ressaltado pelo médico especialista em coluna, Luciano Pellegrino, a estenose é mais comum em pessoas com idade a partir de 55 anos, por ser uma doença degenerativa, que causa o desgaste do osso.
 
No entanto, ele afirma que ela pode ocorrer antes, “como no caso de indivíduos que tenham alguma predisposição, como histórico familiar, sobrecarga sofrida durante muitos anos ou outros fatores externos”.
 
Causas da estenose do canal vertebral
A medula espinhal e as raízes, chamadas de nervos, passam pelo canal vertebral e se irradiam para os membros superiores e inferiores. Em condições normais, esse canal tem um diâmetro suficiente para a passagem da medula e das raízes nervosas.
 
Como explicado por Luciano Pellegrino, a estenose, na maioria das vezes, é o resultado de uma doença degenerativa de desgaste ósseo, como a artrose na coluna, por exemplo, que provoca o estreitamento desse canal vertebral.
 
O processo ocorre naturalmente com o envelhecimento, mas pode se dar em maior ou menor grau, dependendo de cada paciente e da existência de propensões genéticas à doença.
 
Além da artrose e condições genéticas, a estenose pode ser causada por hérnias de disco, abaulamentos dos discos, lesões da coluna vertebral e traumatismos. Apesar de ser raro, algumas pessoas podem, inclusive, nascer com estenose do canal congênito. 
 
Sintomas mais comuns
Os sintomas são diversos e dependem da sua localização. A estenose do canal cervical costuma provocar dores no pescoço e nos braços, além de alterações de sensibilidade e de força muscular nessas regiões. Em casos avançados, pode ocorrer  dificuldade para andar, com desequilíbrios e quedas frequentes. 
 
Já nos casos de estenose do canal lombar, os sintomas mais relatados são dor na coluna lombar e nos membros inferiores. Os pacientes podem sentir também dores nas pernas, alteração de sensibilidade e de força muscular.
 
Pessoas acometidas pela estenose lombar também podem apresentar “claudicação neurogênica”, termo que designa um padrão de marcha caracterizado pela dificuldade de andar. Com isso, o paciente precisa fazer pausas frequentes mesmo em distâncias curtas, devido à dor, cãibras, travamento nas pernas e formigamentos.
 
Diagnóstico
O diagnóstico da estenose do canal vertebral, inicialmente, é clínico e pode ser feito por um médico especialista em coluna. São realizados testes e o histórico do paciente é avaliado. Podem ser solicitados exames de imagem, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e radiografias.
 
São comuns relatos de pacientes que acreditam que o sintoma de rigidez articular nas costas seja sinal apenas da idade. Contudo, é preciso estar atento caso esse sintoma venha acompanhado de perda de força na musculatura e formigamentos.
 
Tratamentos e prevenção
O tratamento conservador para a estenose do canal vertebral é feito com fisioterapia e reabilitação motora. Promover o fortalecimento muscular, a correção da postura e a redução do peso são ações fundamentais para a recuperação do paciente.
 
Os resultados positivos do tratamento dependem do nível da doença e da resposta às providências conservadoras. Além disso, procurar um especialista assim que os sintomas aparecem é fundamental, pois o diagnóstico precoce está ligado a melhores taxas de sucesso no tratamento.
 
Casos em que haja déficit neurológico progressivo mesmo depois do tratamento convencional, com dificuldade para andar e perda de força dos membros, podem exigir cirurgia da coluna para descomprimir os nervos acometidos. O tipo de procedimento é estudado e indicado pelo médico, de acordo com as especificidades de cada caso.
 
Para evitar este tipo de problema, é importante adotar hábitos saudáveis ao longo de toda a vida, com alimentação balanceada e prática de atividades físicas.
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