20/12/2019 às 01h37min - Atualizada em 20/12/2019 às 01h37min

Brasileiro Ítalo Ferreira vence Medina na final e é campeão mundial de surfe

Ítalo Ferreira ganha título mundial diante do maior campeão brasileiro do surfe e se junta ao seleto grupo formado pelo próprio Medina e Mineirinho.

O quarto título conquistado pelo Brasil na Liga Mundial de Surfe (World Surf League - WSL, na sigla em inglês) começou recheado de ansiedade. A falta de ondas de qualidade em Pipeline, no Havaí, fez a organização adiar a final por sete dias.

Nesta quinta-feira (19), enfim, as condições do mar melhoraram e a disputa da taça ficou entre dois compatriotas. O bicampeão Gabriel Medina chegou novamente à última etapa na briga pelo título, mas foi o potiguar Ítalo Ferreira quem ampliou a lista de brasileiros campeões mundiais após uma final alucinante travada entre os dois.

Aos 25 anos, o surfista nascido em Baía Formosa, litoral do Rio Grande do Norte, chegou ao primeiro título da carreira quatro anos após integrar a elite do surfe internacional.

Antes disso, Ítalo Ferreira travou um duelo acirrado e emocionante com o paulista Medina, que defendia o título de Pipeline conquistado em 2018, condição que lhe rendeu também o troféu do campeonato na ocasião. O potiguar, porém, provou que o Brasil ganhou o apelido de “Brazilian Storm” (Tempestade Brasileira) nesta última década justamente pela elevada quantidade de talentos no surfe.

Entre os três concorrentes que chegaram com chances de título no último dia da etapa Billabong Pipe Masters, o norte-americano Kolohe Andino foi o primeiro a sair da disputa. Ele caiu ainda nas oitavas de final, restando apenas brasileiros na briga. Ítalo Ferreira levava vantagem por ter chegado à 11ª bateria na liderança do ranking, mas tinha o compatriota na cola. Na prática, Medina precisava terminar na frente de Ítalo para sair tricampeão. Os dois sobreviveram a cada bateria até se enfrentarem em uma final épica.

Com os dois brasileiros que representarão o país na estreia do surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 na decisão, sobrou tubos e aéreos para levantar a torcida que lotava a areia. Ítalo Ferreira abriu a final com um bom tubo, que lhe rendeu 7,83 para sair na frente da disputa. Logo em seguida, o potiguar ampliou a vantagem com outro tubo, para o lado oposto. Medina respondeu com manobra semelhante, de 7,77, em uma final artística diante do mar cristalino do Havaí.

No surfe, o Brasil pode gritar que é tetracampeão! “Dedico primeiramente à minha avó e ao meu tio, que se foram. À toda minha família. Não tenho palavras”, disse Ítalo Ferreira, antes de cair no choro emocionado pela conquista inédita na carreira.


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